terça-feira, 19 de maio de 2009

Cap. 08: Amendoim

Amendoim doce é uma das coisas que mais gosto de comer. Por isso, quando ganhei meu cãozinho dei o nome de Amendoim. Antes fingia que meus bichinhos de pelúcia falavam comigo, mas depois não precisei mais, pois além de falar, o Amendoim não falava o que eu queria, falava o que ele pensava. Amigo de verdade faz isso com a gente.
Não acreditava que um cãozinho pudesse ser um amigo tão bom. Afinal vemos tantos cães por aí sem amigos e outras tantas pessoas sem cães. Ele era meu tanto quanto eu era dele. Não me sentia como seu dono, pois dono manda e espera ser obedecido. Eu só esperava ser amado, a medida que também amava.
Brincávamos por horas intermináveis. Não tinha vergonha de chorar na frente dele ou de falar sobre a Nina. Ele era um dos poucos que entendia o medo do escuro.
A tia Lúcia falava para a mamãe que não era saudável uma amizade tão forte com um cão. Ela não entende que para ser amigo não existe pré-requisito. Amizade mesmo não depende do número de patas. Depende da entrega.
Todo mundo deveria ter um amigo. Acredito que não existiria tanto mal se todos tivessem com quem contar.
A solidão enlouquece e nos faz perder as esperanças.
Hoje do Amendoim só me restam as lembranças, saudades e seu pato de borracha roído. Mas ele continua sendo meu amigo. E isso basta por si só.
Saudade de você, meu amigo.

3 comentários:

  1. sempre tive vontade de ter um cachorro...
    se bem que a hillary é uma gata às avessas: ela me espera na porta de casa e quando ouve o barulho do carro já começa a miar. E quando vê um solzinho, corre pra brincar lá fora.
    Ás vezes tenho saudades, quando ela não tiver mais aqui.

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  2. Bom saber do seu cãozinho Dudu.
    Fomos bem amigos há algum tempo, você nem deve se lembrar, eu cresci e fiquei chata. Me desculpa?

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Devaneie

 
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